segunda-feira, 18 de abril de 2011

Copa de 2014 na Inglaterra

Recebi o texto que vem a seguir por email e desconheço sua autoria, mas vale a pena ler.

"O Brasil não é o país do futebol. O país do futebol é a Inglaterra, pois foi lá que o esporte nasceu. Claro que o Brasil pode ter orgulho de ser um grande campeão mundial, mas isto não é motivo para que a Copa 2014 seja realizada aqui. Aliás, a única vez em que isto ocorreu, em 1950, sofremos uma derrota histórica. No entanto, o grande motivo para mandar a Copa de 2014 para a Inglaterra é que não temos dinheiro, não temos competência e não temos honestidade para realizar um evento deste porte.

O Brasil é o país da corrupção no futebol. A presidência da Confederação Brasileira de Futebol é praticamente vitalícia e nem com CPI, que comprovou dezenas de ilícitos, conseguiu ser mudada. Os clubes, na sua grande maioria, são dirigidos por políticos corruptos ou por agentes de jogadores, usados como currais eleitorais ou como fonte de bilionários negócios pessoais. A estrutura para a prática do futebol é um fiasco, tanto é que a realização da Copa está exigindo investimentos de mais de U$ 3 bilhões apenas em estádios. Tudo com financiamento a fundo perdido pelo BNDES ou dá para acreditar que os clubes, maiores devedores de INSS e FGTS, vão pagar estes empréstimos? E o BNDES vai fazer o quê com um estádio de futebol confiscado para pagamento de dívida?

Além disso, o Brasil não possui nem mesmo aeroportos decentes para receber os torcedores do mundo inteiro e, mesmo que o governo arranje dinheiro para construir e reformar, nenhum deles ficará pronto para 2014, segundo relatório do IPEA, órgão público federal. Este é apenas um exemplo. O custo para realizar a Copa do Mundo 2014 no Brasil está orçado em U$ 15 bilhões, sem contar com os U$ 30 bilhões destinados a construir um trem-bala para ligar São Paulo com o Rio de Janeiro, um projeto fadado à falência, por ser economicamente inviável. Aliás, o trem-bala também não ficará pronto para o evento.

O mais grave de tudo, no entanto, é que com a desculpa de agilizar as obras, o governo federal quer fazer todas as obras ao arrepio da lei, eliminando licitações e afrouxando a fiscalização. Será uma roubalheira generalizada. Lembram do Pan de 2007, que deveria custar R$ 400 milhões e acabou custando R$ 4 bilhões, sendo que até hoje o Tribunal de Contas da União não aprovou as contas? Senhores e senhoras, o custo orçado de U$ 25 bilhões acabará sendo de U$ 50 bilhões.

O Brasil é um país rico pela própria natureza, mas pobre, muito pobre pela ineficiência do seu governo, pela má gestão, pela corrupção. Temos 30 milhões de miseráveis. Temos 20 milhões de analfabetos. Temos 1 milhão de viciados em drogas. 50.000 brasileiros morrem por ano em acidentes nas péssimas estradas federais. Há mais de 100.000 assassinatos por ano. Não temos boas escolas. Não temos bons hospitais. Não temos penitenciárias suficientes. Não temos clínicas de recuperação de drogados. Não temos creches. Não temos, em resumo, U$ 25 bilhões,que acabarão sendo U$ 50 bilhões por causa da corrupção, para gastar em 30 dias de um evento esportivo.

Por isso, estamos lançando a campanha “Eu quero a Copa 2014 na Inglaterra”. A Inglaterra é o país que inventou o futebol. Está realizando os Jogos Olímpicos 2012 que, ao final deste ano, com seis meses de antecedência, vai entregar todas as obras exigidas e uma infra-estrutura espetacular. Lá está tudo pronto e não haverá prejuízos para o mundo do futebol. O Brasil tem outras prioridades. O Brasil precisa de escolas, não de estádios de futebol. O Brasil precisa de ônibus e metrô, não de trem-bala. O Brasil precisa de ferrovias, estradas,pontes, viadutos, ruas calçadas e asfaltadas. O Brasil precisa respeitar o dinheiro dos brasileiros, que pagam a maior carga tributária do mundo e os maiores juros do planeta. Vamos mandar a Copa do Mundo de 2014 para a Inglaterra."


Por Beto Passeri.

6 comentários:

  1. Alô Roberto,bom dia!Acabei de descobrir o blog,dei uma passada de olhos e vim para seu texto.Roberto,eu sou velha e já vi o Brasil passar por muita coisa,já vi este povo realizar muita coisa e sei do que somos capazes quando tomamos para nós a responsabilidade do que acontece no país.Se retirarmos o 1ºe o último parágrafo de seu texto,concordo com tudo mas lhe proponho outra campanha: 2014 A Copoa do Brasil Cidadão.Pode parecer ufanista mas sei que é possível se as pessoas souberem o que está acontecendo,se ficalisarem,se cobrarem,se berrarem e acredite,sabemos fazer isto muito bem.Quero a Copa no Brasil mas quero direito.Abraços mil,Anna Kaum.

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  2. Roberto,perdão pela repetição do comentário é que este computador consegue ser mais velho e caduco do que eu.Abraços,Anna Kaum.

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  3. Anna, eu confesso que não concordo com alguns pontos do texto também, mas como a autoria é desconhecida, preferi reproduzi-lo por inteiro. Fica o agradecimento pelo seu comentário e pela exposição de um outro ponto de vista. Abraços, Roberto Passeri

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  4. Discordo radicalmente desse texto, mas vamos por partes:

    "O Brasil é um país rico pela própria natureza, mas pobre, muito pobre pela ineficiência do seu governo, pela má gestão, pela corrupção."

    1o ponto: o problema da corrupção não é um desvio de conduta dos políticos, mas um fenômeno social complexo, que tem raízes muito profundas na nossa formação cultural. A corrupção de um representante democraticamente eleito e gestor do patrimônio público é hedionde? Sim. Mas a corrupção de um chefe de família que compra ingressos para um jogo de futebol com um cambista ou pagar propina a um policial para livrar seu filho de uma blitz, é menos grave?

    E outra: a especulação financeira que devasta condições de vida no mundo subdesenvolvido, praticada sobretudo por governos e grandes instituições privadas dos países desenvolvidos, entre eles a Inglaterra, é menos hedionda? Menos corrupta?

    E mais: o Brasil é um país rico, muito rico. Ponto.

    "Não temos boas escolas. Não temos bons hospitais. Não temos penitenciárias suficientes. Não temos clínicas de recuperação de drogados. Não temos creches. Não temos, em resumo, U$ 25 bilhões,que acabarão sendo U$ 50 bilhões por causa da corrupção, para gastar em 30 dias de um evento esportivo."

    2o ponto: temos boas escolas públicas, temos bons hospitais públicos, boas creches públicas, boas penitenciárias e projetos avançados na recuperação de dependentes químicos na esfera pública. E também temos terríveis atrasos em todas essas áreas, como em todos os países em desenvolvimento.

    E parte desse "em desenvolvimento" pode ser creditada sem dúvida a atuação predatória de séculos realizada pelos países do mundo desenvolvido, entre eles a Inglaterra.
    "O Brasil precisa de escolas, não de estádios de futebol. O Brasil precisa de ônibus e metrô, não de trem-bala. O Brasil precisa de ferrovias, estradas,pontes, viadutos, ruas calçadas e asfaltadas."

    3o ponto: o Brasil precisa de escolas e estádios, de ônibus, metrô e trem-bala, ferrovias, estradas, pontes e arenas de espatáculo e entretenimento, museus, centros culturais. Precisa de acesso amplo e irrestrito ao entretenimento e à cultura, porque uma necessidade não elimina a outra. Aliás, muito pelo contrário, elas inexstem isoladamente. A vida humana é cultural e, como tal, complexa, diversificada e plural.

    No mundo todo e no Brasil, particularmente, o futebol é cultura e território existencial dos cidadãos. E o esporte tem um potencial gigantesco de estimular o exercício da cidadania. Na carona dos grandes eventos esportivos sempre andam investimentos no desenvolvimento do esporte nacional que culminam na formação de atletas de ponta, mas não cessam nos pódios.

    A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos não são um evento apenas, mas podem representar o encadeamento de um processo contínuo em uma sociedade. Mais do que a finalidade, é o processo social que vem a reboque que mais interessa.

    "O Brasil precisa respeitar o dinheiro dos brasileiros, que pagam a maior carga tributária do mundo e os maiores juros do planeta. Vamos mandar a Copa do Mundo de 2014 para a Inglaterra."

    (continua)

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  5. 4o ponto: o brasileiro precisa respeitar o dinheiro dos brasileiros. Quando um moleque de classe média quebra um orelhão, quando um pai de família apela ao cambista, quando subornamos policiais, quando furamos uma fila, agimos contra a coisao pública tanto quanto o Maluf, respeitadas as devidas proporções.

    Se pagamos mais impostos e juros que o resto do planeta, cabe a nós protestar, reivindicar direitos e manifestar nossas intenções no processo eleitoral e no processo político que corre todos os dias, no dia-a-dia, nas redes sociais, etc.

    E, entre outras atividades, monitorar e exigir das instituições competentes o monitoramento dos recursos públicos aplicados na montagem de eventos desse porte.

    5o e último ponto: os ingleses inventaram o futebol, certo. As regras, a bola, as marcações do campo. Mas a dimensão do jogo em si, a manha, a quebra de padrões, a surpresa, o imponderável, isso tudo pode ser creditado na conta brasileira. Porque não foi um inglês que atravessou um adversário pela primeira vez em direção ao gol. Se futebol é o conjunto de regras e parâmetros que envolvem uma determinada modalidade esportiva, então foram os ingleses que o inventaram. Mas se futebol é a dimensão simbólica, cultural, artística, emoldurada em uma determinada prática social e esportiva, se futebol é mais Garrincha que Beckenbauer, então I'm sorry, english men, mas essa é nossa.

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      obrigado,
    Sra. Elina Johnson

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