sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Pouco que restava


Foi-se a última pá de terra em cima da educação brasileira. Depois de quase meio século de inoperânica, as escolas se tornaram um ambiente completamente hostil. Lá se vai a imagem do Brasil cordial, do samba e do futebol. O clima de guerra comprova a definitiva falência das instituições de ensino no país.

Não que Wellington Menezes e sua Chacina à lá Columbine sejam um caso rotineiro. Muito pelo contrário: casos assim podem ser pinçados na sociedade. Contudo, por que na escola? Por que com crianças? Está aí a sentença final do testamento da educação da terra de Paulo Freire.

O colégio não é um bom lugar. Sem o papo politicamente correto do Bullying, que acontece até entre adultos pós-doutorados em Psicologia. Competimos com nossos semelhantes incessantemente, toda hora, faz parte da dinâmica social. Não seria a escola uma Ilha desse embate Darwinista.

Não obstante, a incompetência dos profissionais e a falta de assistência de uma cadeia (literalmente) de governantes incopetentes à educação tranformaram as escolas públicas nacionais em verdadeiros canteiros psiquiátricos. É impossível o aprendizado nesse cenário de Terra Arrasada.

E essa falência é diretamente ligada ao nosso esporte. A nuance educacional foi esquecida em meio ao mercantil esporte da Sociedade do Espetáculo. A capacidade de socializar, de agregar, que uma simples bola de meia tem foi sufocada por esferas astronáuticas que nunca chegarão ao povo. As distâncias, que o esporte poderia encurtar, são cada vez maiores no Mundo Pós-Moderno.

As imagens da Escola Tasso da Silveira mostram que ali, em Realengo, jaz a úlitma qualidade das praças de ensino. A barbárie da Zona Oeste demonstra que o lado humano, dito e repetido quando o assunto é o povo carioca, se foi. Restou apenas um estádio vazio de incompetência, de inoperância do ensino do país.


Por Helcio Herbert Neto.

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