segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Bola na rede é o que interessa


Fonte: Blog "Futebol em Números", do Portal iG.


Não me considero nem um pouco estatístico. Sei que muitos jornalistas gostam de analisar números, percentuais, probabilidades e se valem disso para construir seus argumentos. Há alguns que exageram, tornando sua fala demasiadamente racional, portanto chata (estamos falando de futebol, não de álgebra). Porém, num certo equilíbrio, considero interessante o recurso - e confesso: venho tentando enxergar mais a matemática da bola para me aprimorar no que amo discutir.

É esse o motivo de um post um tanto quanto inusitado. Deparei-me com essa tabela no blog "Futebol em Números" do iG e fiquei realmente impressionado. Ao meu conhecimento só havia chegado a informação de que o Paulo Baier era o maior artilheiro da era dos pontos corridos (o que, apesar do seu número de participações, já me chocava). Então, começo a analisar o resto e me deparo com nomes como Obina, Souza, Tuta, dentre outros contestadíssimos. No mínimo curioso.

Não vou analisar nome por nome, isso daria muito trabalho (que ninguém iria ler) e entraria num critério de avaliação muito pessoal. A tabela também não representa muita coisa, afinal uns jogadores participaram de duas, três edições, enquanto outros participaram de sete, oito. Logo vocês começam a perceber que até quando sou matemático deixo os números um pouco de lado. É mais uma observação do que uma análise; uma curiosidade do que um fato.

Este texto complementa a tabela, não o contrário. Aqui sou coadjuvante, intermediário. Vocês extrairão o que lhes parecer razoável. A única coisa que não resisto a comentar e que é, no mínimo, cômica, é que atacantes bem contestados que atuam neste Brasileirão 2011, como André Lima, Deivid, Rafael Moura e Alecsandro figuram na lista. Faço uma breve reflexão...Será que atacante é uma profissão tão ingrata quanto a de goleiro? Matam na canela, furam bola na pequena área, perdem gols incríveis e raramente são os craques do time. Mas na maioria das vezes são os que mexem no placar, é o que diz a tabela. Nada como um futebol bem jogado, mas - cá entre nós - no nosso time, bola na rede é o que interessa, não?


Por Beto Passeri.

Um comentário:

  1. Bom dia Beto! Que bom,um texto para eu dar pitacos e jogar conversa fora!Confesso que já estava meio de saco cheio de ver aquela foto de vcs fantasiados de ratos,coitadinhos,me dava agonia!
    Sou meio destrambelhada e ás vezes cismo com algumas coisas e já pirei com esta história de estatística no futebol.Precia uma louca,cheia de papéis,fazendo cálculos de tudo.Passado o surto,descobri que o problema é que acabamos por tentar usa-la como bola de cristal,"analisando tendências" para advinhar resultados,isso não funciona nem na Bolsa que dirá no futebol onde milhares de coisas influenciam o desempenho de um clube,do jogador e do resultado.Na verdade,estatística no futebol é coisa de gente doida,só serve para constatar um fato que só é fato no momento da constatação e que na prática não significa patavinas.Até a próxima,abraços,Anna Kaum.

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