quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Anacrônicas Desportivas: Erro de Batismo


Romário Leiria de Moura, por enquanto.


Meus caros amigos, essa seleção sub-20 promete. A lista inicial conta com diversos nomes conhecidos, como o Prodígio da Vila Neymar e o Príncipe de Milão Philppe Coutinho. Entretanto, um nome me chamou a atenção nessa pré- lista divulgada pela equipe da CBF formada por Mano Menezes e Ney Franco.

Não se trata do atacante de personalidade Diego Maurício, do Rubro-Negro carioca, ou do Lucas, o antigo Marcelinho do Time do Morumbi. Um zagueiro, que por muito pouco não passa despercebido, é o motivador desse texto. Seu nome é Romário e joga, atualmente, no time B do Internacional de Porto Alegre.

Sim, leitor, você entendeu bem. Um zagueiro com nome de centro-avante. E não é de um simples centro-avante, é do melhor de todos os tempos. Um defensor alto e branco, que mais parece um russo, com a mesma graça de um anão brasileiríssimo nascido na Favela do Jacaré. Esse antagonismo me fez pesquisar no Mundo Virtual alguma informação sobre o atleta, alguma coisa que o caracterize, que o configure. Mas consegui apenas uma foto.

Nunca o vi em ação. Aliás, nunca havia ouvido falar sobre ele até a apresentação de semana passada. Diferentemente desses catedráticos que aparecem na TV falando de futebol, eu não tenho o menor pudor em dizer. Aliás, nada vi sobre esse jogador na imprensa. Pobres editores, perderam uma grande pauta.

Dessa maneira, antes dos jogos do Campeonato Sul-Americano, antes dos treinos e até mesmo antes da apresentação da garotada, já tenho um conselho para o técnico Ney Franco. Se esse jogador realmente excursionar com a Seleção, é de extrema necessidade apelidá-lo. Nada contra o menino, muito menos contra o nome dado pelos pais. Na verdade, por mais eficiente que ele seja, até que ele seja uma mistura de Beckenbauer com Domingos da Guia, esse nome não pode ser levado ao uniforme.

Explico. Na hora em que esse rapaz vestir a Amarelinha com esse nome, ele irá direto para o ataque. Pode parecer inacreditável, mas é verdade. Os Deuses da Bola estão loucos para rever um Romário no ataque, marcando gols, calando críticos. O pobre zagueiro abandonará involuntariamente a zaga, como um ventríloquo dessas sarcásticas divindades.

Excetuando esse erro de Semiótica, acredito no potencial dessa equipe. Seria muito positivo ganhar a Olimpíada, em Londres, para começar a expurgar fantasmas de nossa História Futebolística. Começando assim, poderemos percorrer um caminho livre até enfrentar o maior deles: o Maracanazo.

Por Helcio Herbert Neto

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